A alegria, a tristeza, a vaidade e a sabedoria.
Por Álex Cavalcante
Era uma vez uma ilha onde moravam todos os sentimentos: a alegria; a tristeza; a vaidade; a sabedoria; e mais todos os outros sentimentos e, por fim, o amor…
Um dia, os moradores foram avisados que aquela ilha ia se afundar.
Mas o amor ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha antes que ela se afundasse.
Quando, por fim, estava quase afogando, o amor começou a pedir ajuda.
Nisso, veio a riqueza, e o amor disse: Riqueza, leve-me com você. Não posso, há muito ouro no meu barco, não há lugar para você.
Ele pediu ajuda à vaidade, que também vinha passando. Vaidade, por favor, ajude-me. Não posso ajudá-lo, você está todo molhado e poderia estragar o meu barco novo!
Então, o amor pediu ajuda à tristeza: Tristeza, deixe-me ir com você! Ah, Amor! Estou tão triste que prefiro ir sozinha. Também passou a alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu o amor chamar.
Já desesperado, o amor começou a chorar. Foi quando uma voz o chamou: Venha, amor, eu levo você! Era um velhinho, mas o amor ficou tão feliz que esqueceu de perguntar-lhe o nome.
Chegando do outro lado da margem, ele perguntou à sabedoria: Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui?
A sabedoria respondeu: Era o tempo! O tempo? Mas por que só o tempo me trouxe?
A sabedoria respondeu: Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor. Dê o tempo ao tempo, pois, no tempo certo, o tempo vai lhe dar tempo, para que lhe dê tempo de pensar e com o tempo aprender.
Só o tempo apaga e relembra o que já se passou no tempo. O tempo ajuda, o tempo ensina, o tempo perdoa.
Só o tempo, na sua essência, nos traz a sabedoria de discernir como agir.